Talvez esquecendo um pouco das pessoas, das nossas pessoas, poderíamos lembrar mais de si. Apenas de si mesmo; sem exceção. Admitirmos não basta, mas aceitarmos que os demais nos compõem e que sem eles você, é só você, uma palavra que carrega um significado irrelevante quando o contexto envolvendo as pessoas com as quais compartilhamos e buscamos nos encontrar não é levado em conta.
Aceitado tal argumento chega a hora em que você só tem a você mesmo. Mas um você com peso, com as fadigas e as alegrias, e mesmo contendo tudo, você pode e deve ser você sozinho, sem que precise ser lembrado por estar coligada a alguém. Mas este reconhecimento não é válido para os demais, mas apenas para você. Não esperar que nos digam o quê, e quem de fato somos é crucial dadas as inúmeras interpretações, e que estaremos incluindo em várias, pois não somos apenas um, ou contendo um único aspectos que nos fazem ser, aquilo que pode ser chamado de “síndrome de Nemo”, ou seja, único. Carregar o fato consumado como diz o ditado popular de que, no final “todos estão andando para você” deve ser mastigado e digerido.
Passar muito tempo querendo que seus pensamentos convertam para aquilo que você julga que é certo é pura perda de tempo. Jamais maledicência. Criar expectativas, palavra que despensa explicações, em que sua codificação, morfologia e semântica basta. Por isso, acorde, faça o que tenha que fazer, ajude quem de fato quer e precisa ser ajudado, sorria com quem queira sorrir com você, converse com quem quer lhe ouvir, e os demais; bem, ele são demais para você perder tempo; exorcize-os.
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