domingo, 11 de dezembro de 2011
Pra toda minha vida
Para que meus sonhos façam sentido, e que as graças plantem raízes dentro de mim.
Pai! Faz-me nobre, para que sejam exorcizadas as arrogâncias e discrepâncias entre mim e o meu viver.
Pai! Lava-me com tua humildade para que se apazigúe a soberba que possuo e as que ainda estão por vir.
Ensina-me a amar,
Dispa o que sou,
Mostra-me o que tenho a dar,
E sabedoria para com os quem tenho de zelar.
Tolices!
12h da tarde, casa miúda, calor escaldante de dezembro e o ócio.
Ânsia para chegada da noite aonde vem à brisa, o abraço, e, porque não o fim da agonia.
Há uma perturbação constante deste futuro desejável que é sufocado por este presente “infernal”, que queria outro.
Eu quero outro...
Presente,
Mente...
eu quero outra paciência.
Para sanar as lamentações.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
É assim...
Julgo-me perdedora antes da tentativa quando estou insana.
Choro porque me alivia.
Choro pela beleza, pela perda e pelas superações;
Choro só pelo prazer de sentir.
Sinto por existir.
Humildade
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.”
Cora Coralina
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Soneto Precioso
A pedra que transparece o rio caudaloso,
brilha na pureza de um gozo escandaloso.
Arremata os olhos de fêmeas vis,
assim como os apaixonados, quando o destino quis.
As delicadezas inquebrantáveis,
quebra a rudeza maleável;
quando selados, pelos votos estáveis,
e de sonho sonhável.
Toma-te nua, crua e sua,
torna-te fase, negra, alva, fragmentada,
confusa como lua.
E quando os corpos não mais se distinguirem,
Quando duas almas não mais existirem,
Simboliza com este anel, esse ímpeto de céu.
Soneto das Definições
Não falarei de coisas, mas de inventos Multiplicar-me-ei em mil cinzentos Daí, o meu desprezo a jogos claros Daí também, a enorme divergência Carlos Pena Filho |
Do contra
Eu tenho um olhar murmurinhento;
Mexe com minha cabeça, por fora e por dentro.
Tudo é indefinido. Eu sou indefinida;
Sou finda, louca, linda, doida e desmedida... Hã!?
Eu sou cacofônica...
Quanta confusão!
Tudo isso, porque vou de contra ao vento.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Sem eixo
Nossas histórias contêm despedidas, chegadas e partidas;
E em cada pedacinho, um por que, um causo e um “tinha de ser”.
Em nossas paredes são abertas janelas, portas, vielas, remendos, puxadinhos e portões; Tudo é uma questão de oportunidade e sabedoria. Fato é que para cada abertura há sempre uma descoberta que nos [des]estrutura. Se junta tudo se faz um feixo. Muitas vezes sem um bom desfecho. Um o importante é saber por que se fechou.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Tempo e dor
A vida é de choro;
É uma avalanche de dor, e com gritos sufocados.
É como ficar de pés firmes, esperando as ondas caudalosas.
A poesia da dor é inteligível.
Mesmo a lembrança da dor, dói.
Penso que as verdadeiras dores jamais são compreendidas, digeridas e curadas;
O que nos faz desfocar dela não é o amor,
É um rio em dia de enxurrada, que nunca cessa e que só deixa rastros;
A vida é uma tempestade de tempo.
domingo, 16 de outubro de 2011
As Ondas
Estendida no chão, eu sentia a brisa;
E diante de mim uma extensão amarela, sendo lambida, beijada, escarrada, como queira, por lábios de espessuras variadas, com humores também variados. Ou seja, pela manhã, uma dama. Classuda, de gestos gentis, sorrisos sem extravagância, que chama hipnotizando. No entanto pela tarde, ensaia a dança, como uma mulher autenticamente feliz, alegre, triste, mas sempre corrente. À noite, porém, é uma cortesã. Forte, revolta, ressacada, insistente e que não quer esconder o que sente. E de fato não esconde, pois este papel não lhes é designado, ao contrário, ela foi feita para falar, sorrir e gritar. Ainda que nada possa ouvir por estar a falar, ela consola por ali sempre está.
Esta obra é tão perfeita que não há de ser gente, e sim, as ondas do mar.
domingo, 18 de setembro de 2011
Amar é sentir
Onde desembocam os amores?
Talvez nas marés inconstantes, aonde as espumas vão e vem flutuante, lambendo para limpar as areias constantes.
Nossos pés que marcam aquela macia linha estreita do areal são pés duros e rachados das caminhadas brutas, que por sua vez não sabiam daquela sensação de andar sobre as únicas nuvens que há no chão. Entre a caminhada, entre um passo e outro, são fechados os olhos para a mais ampla visão: a sensação.
Jane Bem
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Bruma
Que é este amor?
Punição, ou, para si um desamor.
O que há neste membro estendido?
Mãos amigas, ou, garras aquecidas.
O que há neste discurso?
Falácia ridícula, ou em suma, uma fraqueza desmedida.
O que há neste corpo?
Um lugar de amor, ou, o gosto efêmero da carne e do gozo iminente.
O que há com o teu amor?
Uma cegueira, que mente, engana e te mata,
Mas não ouse falar que é amor.
Jane Bem.
Encruzilhada
Ventos de rumos distintos;
passos apressados pelos calos, ou pelo desespero;
talvez árvores, que alentam por algum momento;
caminhos alvoroçados correndo como corrente;
e a dúvida ao seguir;
é a encruzilhada quem me confunde
igual à cruz e a faca de dois gumesdomingo, 4 de setembro de 2011
Exorcizando
Aceitado tal argumento chega a hora em que você só tem a você mesmo. Mas um você com peso, com as fadigas e as alegrias, e mesmo contendo tudo, você pode e deve ser você sozinho, sem que precise ser lembrado por estar coligada a alguém. Mas este reconhecimento não é válido para os demais, mas apenas para você. Não esperar que nos digam o quê, e quem de fato somos é crucial dadas as inúmeras interpretações, e que estaremos incluindo em várias, pois não somos apenas um, ou contendo um único aspectos que nos fazem ser, aquilo que pode ser chamado de “síndrome de Nemo”, ou seja, único. Carregar o fato consumado como diz o ditado popular de que, no final “todos estão andando para você” deve ser mastigado e digerido.
Passar muito tempo querendo que seus pensamentos convertam para aquilo que você julga que é certo é pura perda de tempo. Jamais maledicência. Criar expectativas, palavra que despensa explicações, em que sua codificação, morfologia e semântica basta. Por isso, acorde, faça o que tenha que fazer, ajude quem de fato quer e precisa ser ajudado, sorria com quem queira sorrir com você, converse com quem quer lhe ouvir, e os demais; bem, ele são demais para você perder tempo; exorcize-os.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Há sempre algo clandestino
Fardo mesmo é quando os pedaços demoram a se acoplarem e assim formarem algo - ainda que desconhecido- mas unido.
Uma humilde senhora de olhos azuis e fadada de fracassos, aliás, de pequenos fracassos que com o tempo se fazem grandes, me disse: “Nós não somos felizes, apenas temos momentos de felicidade”. Frase perfeita para quem gosta do clandestino, do descabido, das aventuras, onde utilizar esta frase para dizer que deseja aquilo que todos dizem que não teremos – e de fato não teremos- e que nos recusamos a ver por uma simples opção, já virou clichê. Por vezes não nos atraímos pelo decoro, buscamos o obvio no indecoroso, no sujo, no fundo poço. E o fundo do poço ao contrário do que se pensa é onde o sofrimento acaba, pois nossa mais inteligente e “obrigatória” decisão é a de recomeçar.
sábado, 30 de julho de 2011
Onde me vejo!
Devagar, sua louca criança.
Você é tão ambiciosa para uma jovem.
Mas se você é tão esperta, me diga porque continua com tanto medo?
Onde está o fogo?
Pra quê a pressa?
É melhor você aproveitar isso antes que você perca
Você tem muito o que fazer e tão poucas horas em um dia
Você não sabe que quando a verdade é dita
Você pode conseguir o que quer ou pode apenas envelhecer?
Você vai desistir antes mesmo de passar metade do caminhoQuando você perceberá? Viena espera por você
Devagar, você está indo bem
Você não pode ser tudo o que você quer ser, antes do seu tempo
Embora isso seja tão romântico no limite de hoje a noite, hoje a noite.
Tão ruim, mas é a vida que você segue
Você está tão à afrente de si mesma que esqueceu o que precisa.
Embora você possa ver quando você está errada
Você sabe, você nem sempre saberá quando você está certa, certa.
Você tem sua paixão.
Você tem seu orgulhoMas você não sabe que apenas tolos ficam satisfeitos?
Sonhe, mas não pense que todos os sonhos se realizarãoQuando você vai perceber? Viena espera por você
Devagar, sua criança louca
Tire o telefone do gancho e desapareça por um tempo
Tudo bem, você pode permitir-se perder um dia ou dois
Quando você vai perceber?
Viena espera por você.
Você não sabe que quando a verdade é dita
Você pode conseguir o que quer ou pode apenas envelhecer?
Você vai desistir antes mesmo de passar metade do caminhoPor que você não percebe? Vienna espera por vocêQuando você vai perceber?
Viena espera por você
Billy Joel
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Necessidade
Em minhas cordas vocais há mais que emissão de som sem sentido, há nela o que sou e através dela o que pretendo ser. Em minhas palavras há minha existência, e nela regozijo minhas filosofias tolhidas, meus tormentos e razões. Em tímidas e reduzidas linhas vou exaustiva e continuamente tecendo e me compondo com o objetivo de completar-me.
Missão nobre, firme e necessária. Mas é vã; pois aos vinte e cinco busco algo para que aos cinqüenta e cinco chegue à conclusão de que não precisava do que buscava. Sendo assim, acho que buscar através das palavras é por essência minha missão. Cascavilhar meu ser é por opção, a minha obrigação, para que eu possa escrever o amor, a dor, e que sozinha carregue meu próprio andor até o fim. Espero que nas travessias possam estar minhas mãos amigas e que estas digam que estará próximo do fim as minhas agonias. Ainda que na falta de veracidade, a intenção seja minha felicidade.
domingo, 24 de julho de 2011
Reivenção
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Onde estão os sentimentos?
Tantos calos causados pelo costume.
Velados pela correria, morre a calma de se apreciar o dia;
Cadê a autonomia? De parar, pensar e quem sabe, sorrir das agonias.
Jane Bem
terça-feira, 10 de maio de 2011
Moça
Amei e não fui amada.
Amei e fui amada.
Amo e sou amada.
Em todos os amores sorri e chorei.
Passei e fui reprovada.
No vestibular reprovei,
No vestibular enfim passei.
A amiga me aprovou,
Minha conduta a sogra gostou,
Mas ainda brigo com o amor.
Ele me aprova e reprova constantemente.
Ainda não me encontrei.
Não trabalhei quando quis,
Trabalhei e gostei,
Trabalhei também quando não gostei.
Quero o ócio.
Sou sonho.
Tenho sonho.
Sou mulher.
Tenho homem.
Tenho vida.
Tenho tédio e por vezes, quero que tudo suma.
Sou boa.
Mas, não me conheça bem.
Não sou mostro, nem megera,
Sou moça complicada.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Perder-se
Quando me olhei no espelho
E não consegui ver minh’alma,
Nem nos espelhos d’água.
Ofegante,
Cheirei com os olhos
Uma vista errante.
E me deparei parada.
Olhei ao meu redor,
Futriquei todos os cantos,
E não vi sequer um dano
Que eu pudesse responsabilizar.
Tive a certeza de que era eu,
Ou alguém que criei
Um anjo só, tão só que me encurvei
E, chorei... Apenas chorei.
Jane Bem
sábado, 30 de abril de 2011
Retirante por obrigação
Antes me deslocava apenas de territórios mais amplos.
Depois, de casa em casa;
E tudo era para mim era uma grade diversão (porque eu não sabia);
Mas agora, consciente de que não desejo isso,
E por ser a única solução;
Fico em prantos, aflita, perdida e com o coração na mão.
Jane Bem
Traiçoeira
quinta-feira, 28 de abril de 2011
As dores doem assim
As dores findas
Dentro de mim.
Vem-me um choro doloroso,
De manso mando até me possuir,
Como uma fácil presa, onde meu coro não se possa ouvir.
Estas dores nuas
Mas masmorras ou nas ruas,
Na tristeza e na ela alegria
Ela existe em mim.
terça-feira, 19 de abril de 2011
Bilhete
ama-me baixinho.
Não o grites de cima dos telhados,
deixa em paz os passarinhos.
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
.....tem de ser bem devagarinho,
.....amada,
.....que a vida é breve,
.....e o amor
.....mais breve ainda.
Mario Quintana
domingo, 17 de abril de 2011
Girassóis
Em cada...
Em cada pedaço, uma canção
Em cada fragmento, uma emoção,
Em cada emoção um devaneio,
Em cada devaneio, um cavalheiro,
Em cada cavalheiro um coração.
Jane Bem
sexta-feira, 15 de abril de 2011
A fé de Padre Estácio
Numa noite chuvosa doeu perceber-se na fria solidão, era como se a cada canto da casa houvesse um bicho feroz; Padre Estácio sentia-se na cova dos leões. Logo que esta sensação o arrebatara, se encolhera na cama como uma criança abandonada por alguém, que nem o próprio sabia de quem. Levantou-se da cama como um ato de coragem e sentando, orou. Rezou o pai-nosso, mas pareceu vacilar na fé, pois a mesma não dava resultado. Suas mãos esfriaram e logo foi se espalhando pelo corpo aquele medo. Foi então que surgiu em sua mente a nostalgia da infância, quando sua cama era quente de carinho. Ao lembrar-se de sua mãe que com o candeeiro aceso na hora de dormir, lhe contava histórias bíblicas, e todos os dias ele esperava ansioso por este momento, não se sabe se era para estar mais próximo de sua mãe ou se de Deus- quiçá dos dois. A única certeza que ele sentia era a de que eram momentos de prazer. Esta é a palavra que definia aquele momento; prazer. Em nesta noite chuvosas o Padre lembrara-se que sua mãe lhe falava com muita convicção:
-Não tema. Nunca tema.
-Não vacile diante de Deus, pois ele está ao teu lado, e sabe tudo, absolutamente tudo o que sentes.
- Quando teu coração por todo e qualquer motivo, em toda e qualquer idade te sufocar até doer, não te esqueças de Deus. Teus medos não encontrarão respostas coerentes sempre, isso, se encontrar alguma resposta.
- Ame a Deus por amar.
-Mesmo quando eu não estiver ao lado de sua cama para te dizer isso.
Sua mãe o fitá-lo seriamente. Não deixando espaço para que ele se distraísse com outra coisa além daquelas palavras. Ela deixara claro que um dia definitivamente não estaria mais ali, nem ao lado da cama, nem neste mundo, pois tudo é efêmero. Nossas vidas são um sopro, disse sua mãe. Neste momento ela disse que na desilusão ele fechasse os olhos, para que não olhasse para imagens, e visse em seu coração o seu próprio Deus. E que pedisse proteção ao seu anjo, seja ela, -sua mãe - ou Deus, querubins, pessa nesta singela oração;
meu zeloso guardador
se a ti me confiou a piedade divina
sempre me rege
me guarde
me governe
me ilumine
Amém."
Sua mãe o contara que aprendera com seu pai quando menina. Disse também que muitas noites antes de dormir repetia a oração e repetia a si mesmo que no dia seguinte, tudo cessarei, tanto as dores quantos as agonias. Nesta noite, quando era menino, orou esta oração e chorou desolado pelo medo de algo ainda desconhecido. Nunca abraçara sua mãe com tanto amor, com tanta ternura; ele sabia que naquele momento seu anjo o protegia, naquele abraço que mais parecia um escudo diante das maledicências da mente e da alma, ou de algo ainda maior. Trinta anos depois daquela noite, que ele se recordava como se tivesse sido ontem, ele chorou. Aos prantos e abraçado com a saudade ele rezou, chorou, dormiu, acordou e no seu intimo, ainda havia um vazio. Antes da missa, ele não quis receber nenhum fiel em sua casa, pois ele não queria celebrar de corpo presente. Ele desejara estar pleno, ou, ao menos tentar estar. Refletindo sobre sua solidão, Estácio se lembrou de uma das mais importantes histórias bíblicas que ouvira na infância, que era a história dos irmãos Caim e Abel. Especificamente de uma passagem que o fez entender o que ocorria em seu coração; passagem esta que dizia;
-E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão?
Ao se atinar a esta história e a esta passagem, Padre Estácio se deu conta de que neste mundo tão novo, tão cheio de novidades, tão rápido, tão apressado, esta forma de mundo o atingira de forma peculiar, ao perecer que falamos o que Caim falou a Deus a cada instante, sem ao menos percebermos ou refletimos. Pior que falar estas palavras, é a prática delas. Fato é que não cuidamos mais do próximo, não queremos cuidar. Nosso mundo é constituído de uma sociedade individual que não vive na realidade como ela se apresenta. Vivemos num mundo onde idealizamos nossas relações, que estão a cada dia mais distante, onde os olhares não são tão comuns como deveria ser, pois, com tantas mudanças, resolvemos mudar isoladamente. Nossa práxis é obsoleta. O padre se deu conta que indo de casa em casa, fazendo o seu trabalho de forma correta não mudaria nada. Nós sozinhos não mudamos nada. Absolutamente nada. Não há razão em nos dedicarmos cinco dias da semana trabalhando e reservar um dia para o voluntariado, isto não é mudança, mas uma auto-redenção de forma bem intencionada. Enquanto quisermos fazer os nossos trabalhos sozinhos, achando estar tranqüilizando a mente, esqueçam. Nossa vida pede, clama coerência. Nossas ações são o que nos edifica. Nossos desejos estão deturpados, pois desejamos ter muito mais sozinho pro não querer descaradamente dividir o mérito.
Neste momento, entendeu o porquê do seu medo. foi não ter alguém para abraçar, como fez com a sua mãe, se deixou dominar na noite passada, pois, estava só. Não havia ninguém para dividir sua causa significado que dar sentido e origem a palavra, campanheirimo. Ele sentia de falar de suas dores ao invés de ouvir a do próximo como se não as tivesse. Não havia troca na sua relação com os demais que ele julgara acalentar.
Na missa, Padre Estácio resolveu contar como fora sua noite anterior e, como tivera chegado à conclusão de sua solidão, e a partir desta manhã sugeriu práticas coletivas como rotineiras, não como fatos isolados. Que aprendêssemos a nos olhar como irmãos, e não como vizinhos colegas, ou santidade superior. E nesta mesma missa, ratificou que mesmo no desalento, o dia seguinte será sempre melhor; pois tudo depende da nossa fé em Deus, no próximo e nas ações.
Jane Bem
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Chegadas e partidas
E bate consigo a tristeza de um menino,
Que busca na saudade
O afeto do abraço que foi tão forte e lindo.
Os corações se unem
Envolta da memória,
Que repetem consigo;
- Como foi linda a nossa história.
Parte-me esta dor pela partida,
Estes laços eternos,
Vividos pelo milagre da vida.
Vem vindo e ficando manso nesse relicário
A visão de teus passos se aproximando pra ficar ao meu lado;
A luz do teu sorriso grita a alegria
Que se explica com sua vinda.
Soa sino!
Para que todos saibam
Do meu destino, que se emendou
Com a euforia de matar uma saudade
Que só quem ama é quem sabe.
Jane Bem
Encanta Fernando!
O AMOR, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há-de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe,
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
Fernando Pessoa
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Um pouco do que somos
Selecionado e dividido
Pela emoção.
Nossa mente é um indício
Dos segredos belos e ignóbeis
Por trás de uma narração.
No coração há um motinho
Que não nos cabe dar razão,
Apenas esticar a vida e não morrer de solidão.
Jane Bem
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Amor é amar
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Não há explicação para o não
Jane Bem
segunda-feira, 4 de abril de 2011
O desejo é de Joana
Celebrar é amar
quarta-feira, 30 de março de 2011
Mudar é preciso
sexta-feira, 18 de março de 2011
Resgate-se!
Passe e não olhe para nada;
Pegue esse peixe;
Não o deixe escapar.
Olha a brisa,
Não busque briga,
Mas brigue quando precisar;
Brigue pelo amor,
“brigue” pela paz,
Evite o medo,
Você é capaz.
Nade contra a corrente,
Nade entre toda essa gente,
Mas nunca contra essa gente
Pois ela é quem te faz.
Resgata a tua ideologia,
Resgata a tua teologia,
Edifica-te rapaz!
Vamos saudar o tempo,
Os velhos,
Os ventos que outrora passaram,
Que não voltam jamais.
Vamos andando,
Vamos seguindo,
Fazendo os fatos de nosso tempo,
Sonhando em ser mais.
Olhou até achar o amor.
Insaciáveis em busca de breves amores
Canta alegre por ver.
Suas vistas cheias de mentiras
Confundem-se com as verdades findas
E não queres ver.
Teu ludo por todas
Não passa de uma brincadeira tola
E te entristeces por está cansado de saber.
Na travessia, Teu olhar parou,
Ela passou, e, teu verdadeiro gozo se fez,
Apaixonastes-te pela ingênua moça
Que nem sabes de onde vem.
Acordas triste e alegre
Um de cada vez,
Ela te olha com afeto tanto quanto desdém,
Tua gana por uma vida doidivanas cessou;
Com um olhar, ela te enfeitiçou;
E tu, o que farás com esse amor?
terça-feira, 15 de março de 2011
Apenas diga sim!
segunda-feira, 14 de março de 2011
Quem é dono de quem?
Combate a própria dor, medo, o orgulho e o desamor.
Sobressaltamos-nos à nossa própria existência,
Por que a vida é para nós uma imensa indulgência.
Somos miúdos
Surdos;
Cegos;
Injustos;
Escrotos;
E mudos.
Queremos o mundo ao nosso jeito,
Ou seja, de jeito nenhum.
O simples e o complicado, é amar.
são cheios de intrigas sem nexos.
Teu alvoroço é peculiar,
implicas, brigas e ainda quer me amar.
Sinto tanto quanto você,
nos amamos, e mais,
não sei viver sem você.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Amor Perdido
Meu corpo descansado e minha mente fadigada.
Recobrei a memória,
Sei que o que foi não tem mais volta, estou fadada.
Abracei o que tinha,
O que eu tinha? Nada de valia.
Estou arruinada.
No devaneio estou imersa.
Quero um único esmero que me faça sorrir.
Estou cansada, fadada, arruinada, abandonada,
Fato é; amei tanto que esqueci que tudo tem um fim.
Exceto a mim.
terça-feira, 1 de março de 2011
Cresceu minha videira
Aliás, crescemos juntas.
Rangiam suas folhas, ao passo que meu corpo esticava.
Enfim crescemos.
Ficamos altas.
Ficamos forte.
Ficamos fase.
Um dia tive que partir.
Fui cruel,
Cravei em seu peito
Meu nome, para que ela
Não esquecesse de mim.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Sou Flor
Pela beleza e ausência de dor.
Sou flor!
Estou em tantas campinas,
De corpo e alma fincada.
Sou flor!
Sem cor,
A espera que tu decidas meu tom.
Sou flor!
Gostaria de me colorir de carmim,
Cor de luz firme e vibrante.
Serei sempre flor e seja como for,
Estarei a te esperar,
No chão, frágil, a mercê do vento,
Enquanto espero teu intento.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
É confuso ser comum
Tenho também, um amor altivo e piegas.
Tenho a doçura do passar, uma imensa dificuldade de me desvincular, de partir, de te deixar, de não mais me possuir, de me fatigar de tanto me amar.
Não temos certeza, estamos sempre a espera da esperança e por isso andamos na corda bomba da incerteza, aquela corda que excita, a corda que tem o fio da eternidade.
Não somos piegas, somos sofridos. Escolhemos sofrer por (de) amor, por que não há paz sem amor. Eu, não quero a paz sem amor. Quero que teu afeto me esmague de dor, até que eu, diga; basta.
-Por ti não quero sofrer!- Então busco um outro coração, que me fite com o olhar, que me iluda que para sempre me amará, para então de novo sofrer.
Enxugando os olhos a cada laço de emoção, recolhendo o sumo de toda relação, partirei, até o dia em que pararei.
E quando eu parar, e quando eu parar de procurar que não seja propositalmente, mas sim naturalmente, para só assim pensar, refletir, me encher de mim, e mais uma vez me doar.
Então na minha paz, num parque, na praia, ou num passeio pelo cais, ei de encontrar, um amor diferente, quero me sentir suficiente à mim e a ele. Que eu não chore o dia inteiro, por não ser sempre bela, por ganhar pouco, nem fazer sentinela para ter a certeza do amor.
Me desacoplei do amor intenso. Quero uma casa modesta, pintada de beje, para que as cores surjam dos novos natais, do azul do céu sobre vidraças das janela na hora de almoçar, onde entre luz para nos iluminar. Nos veremos desmascarados, amuados, estranhos, singelos, gentis, que apareça tudo, principalmente que nos digamos sempre que somos amados.
Jane Bem
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
A música e o vagabundo
O que há neste violão?
Um sopro de vida,
E um tantinho de solidão.
É um destino de amantes
Entre a música e o fanfarrão,
Que dança!
Ele joga com força o corpo fétido
E fica bêbado de emoção.
Vai dançar ó alegre coração!
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Brincadeira de mulher
Tão forte que, paraste de nomear a sensação.
Tens de me perdoar.
Com meu véu de mulher;
Não te toquei e te seduzi, não deixastes o pano cair;
Desejei tanto meu ego quanto te iludir.
Tens de me perdoar.
Fui vil com teu sentir,
Na minha armadilha caí,
Estou a te amar.
Tens de me perdoar.
Sou tola, insana, biscate, amante,
Quero que sejas meu homem,
Te clamo!
Tens de perdoar.
Vem ouvir meus murmúrios de dor,
Vem sentir meu pulsar,
Vem, vem, vem...
Tens de perdoar.
Vieste me encontrar;
Mesmo com minhas infames miudezas,
Em teu coração há amor e dor, mas,
Queres me perdoar.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Palavras Insanas.
falar que o amor é um ato errado.
Cuspir na decencia,
"Louvar a doença".
Não pedir licença
Não ser ética, jogar ao ar a etiqueta.
Não me orgulharei desta escrita,
Concebas que não sou uma escriba,
Também falamos, sentimos e somos o feio.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Encontrando - me
Não pensar, me entregar e ver no que dá.
Pensei se não seria melhor construir.
Um relicário, uma biblioteca, um mostruário,
Só não pode ser nada ordinário.
Pensei se não seria mais fácil desistir.
Não fracassaria, não me frustraria, mas é fato, não me orgulharia.
Pensei se não seria mais fácil priorizar.
A carreira profissional, tocar um instrumento musical,
Mas tanto pensei e quase me esqueci,
Necessito ser altentica e não fazer o que ouvi.
Jane Bem
O Título
Dizer em algumas ou em apenas uma palavra "tudo" aquilo que se quer é um tanto penoso.
Ao ver um pássaro e seu gorgeio, e o mesmo me desperta encantamento não quero falar cruamente de um determinado pássaro em uma determinada árvore com um determinado canto. Como se fosse possível determinar.
Quero sempre mais que relatar, quero (meu grande e insistente anceio) fazer sentir ao máximo, não o que eu senti (é impossível), quero apenas o sentimento, seja ele qual for. Não quero rótulos, mas sim um motivo para buscarem o que desejo que sintam, ou ao menos saibam que naquele instante eu senti, e o quê senti.
O título é um convite,
o título é uma denuncia,
o título é o mebro superior, ou seja, ele diz o que será.
Pensas que o título é simplificar ? Experimente escrever.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Sussurros
Vamos só ouvir. A música é uma forma mágica de amor justamente por dizer tanto e ter um fim tão breve. Música é aquele caso de amor com o silêncio.
Agora:
Procuremos um espaço.
Dei-me sua mão, e vagarosamente às entrelacemos... Envolva sua mão em minha cintura. Recoste seu corpo ao meu. Não há o que temer; nos pertencemos;
Fechemos nossos olhos. Dancemos. Vamos ao nosso ritmo, vamos dançar primeiro com a alma, pois o corpo acompanhará.
E nesta dança, esteja certo, estarei falando o que agora estou pensando...
Eu penso sempre em você. Eu sempre quis alguém como você.
Meu riso é sensato, insano e por vezes amargo,
Mas você acarinha minha alma, e seu amor tem altivez.
Na outra vida, quero amar-te outra vez.
Quero dançar com você todo amor que ainda não dancei.
Foi pra viver que te esperei.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Perguntas indiscretas.
Ou melhor, o que te desperta “o sentimento”? Mas aquele(s) sentimento que te faz pulsante, útil e atuante. Música, teatro, pintura, viagens, literatura, bebida, comida, dança, esporte, escrita, ou outrem que não foi por esquecimento citado?
A indagação quer ter como resposta (e se possível apenas uma, a mais relevante) o que você opta como o teu bel prazer, e nesse mundo tão apressado, é importantíssimo ter um gozo.
Qual o seu?
Você se permite ter?
Você se culpa por ter?
Você se culpa por não ter?
Qual é a sua?
Você tem?
Você quer ter?
É tanto e tudo ao mesmo tempo, como se nossos gostos e talentos fossem expostos numa prateleira, onde sabemos que há, mas não se sabe bem o quê, e se sabe, nem sempre é possível levá-lo para casa. E o que você faz quando não der para ter o mais desejável? Você recorre a outro, ou, corre para a mazela? Convenhamos, é fácil não fazer nada. É fácil não ser nada?
O nada é ter tudo e não ser nada. É estar em tantos lugares parcialmente. Esse jogo do tudo ou nada, tudo ou tudo, nada ou nada. Esqueça essa ideia tola do século XXI! O tudo é tudo e o nada é nada. Fato. Não temos tudo, e não nos resumimos ao nada.
E quem você é?
Responda (óbvio se quiser)! Mas relaxe, sem pressão do tudo ou nada, apenas pense e tenha calma.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Espasmos do meu passado
Pensamentos ficandos em apenas a beleza de um único garoto, uns poucos beijos, umas poucas amigas, uns poucos passeios e quase nenhuma ousadia.
Onde eu estava que não aprendi a tocar um instrumento? onde me enfurnei que não fiz nem fui a nenhum luau? Cadê meus poemas diversificados, ou invés de escrever cartas a mim mesma sobre um mesmo assunto (o de toda adolescencia): amor não conrrespondido? Onde eu de fato estava além de julgando, retocendendo e constituindo minha moral de menina moça (que nos é exigido)?
Nem me recordo no que eu pensava e concluia aos 14/15 ano sobre política, literatura, música, família, passeios. Que loucura! Talvez eu não tenha pensado o mundo. Pior, talvez não o tenha vivido. Tenho 24 anos, para muitos que irão passar a vista por estas linha rirão por eu ainda ser jovem.
Mas acredite, estou em espasmos só em pensar que aos 34 posso estar pensando que não vi o mundo além do meu. Fato é que de dez em dez anos se vive uma vida. Já se foi boa e válida ou não, é uma outra história.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Mosaico de Vidas
cada pedacinho uma face,
um sentido, uma composição.
Acumulei tantos pedacinhos
que arquitetei um lindo e grande mosaico.
O encaixe se dá lentamente para que fique bem organizado.
Possuía alguns interessantes,
amorosos, coloridos, pequenos e grandes.
Era uma festa tê-los.
Na minha euforia em juntá-los
pensei lentamente como colocar e posteriormente me orgulhar.
Medi milimetricamente o lugarzinho de cada um deles.
Mas me enganei.
Seus tamanhos não comportavam seu papel na minha realidade,
ao passo que tentando organizar, desorganizei tudo que gostaria,
esqueci que a todos jamais agradaria.
Grandes pedaços, pequenos espaços,
cores opacas e vibrantes divergiam seus lugares,
egos imensos, egoístas sem me dar um menor alento
convergindo em desagradabilidade.
Parei de querer formar um painel inexistente
com personagens tão diferentes,
e para não destruí-lo (já que idealizei tanto),
guardo-os sem aguardá-los.
Jane Bem
Vamos?
Limpemos tudo que suja sua/minha trajetória. A leve poeira transforma-se em espessas camadas difíceis de retirar. Se não pudermos limpar, afastemos ao menos os trapinhos do caminho, pelos menos temporariamente, pois o ideal não é afastar parcialmente, o bom mesmo é que se jogue fora a desordem. Pois mesmo que dê para passar apertadinho no caos, o caos ainda estará lá (se você quiser).
Sejamos fortes, francos, claros e diretos. Já vivemos suficiente e experimentamos muito para “começar”, sejamos sinceros e não nos enganemos, por isso, não vamos começar, pois
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Má Fase.
Um eterno transitar; É um tal de fica, outro tal de vai.
Tal como os girassóis, hora erguida, hora murcha.
Este cansaço se apresenta forte,
Com momentos de topor, e outrora um mar preste à ressacar.
Sou nova,
Constantemente minguante,
Pouco crescente,
E muito cheia.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Desculpem- me pela confusão!
Isto não se trata de um drama. São só aflições de uma menina que quer muito, se acalma pouco, e não desiste de querer nunca.
Enquanto me deleito nas palavras, “perco” meu tempo não fazendo o que a sociedade me diz de todas as formas que você possa imaginar para que eu faça. Nossa, que vácuo vem se mostrando nosso breve diálogo através de minhas palavras! Perdoe-me leitor! Eu vim desabafas que quero o simples: Eu quero dinheiro (mal necessário), eu quero responsabilidade sem precisar me matar mostrando que sou responsável, eu quero fazer curso de línguas, quero viajar, quero muito trabalhar, quero meu lar. Parece mais difícil do que se imagina.
Sinto urgência, impaciência, espero que se instale em mim a persistência. É só disso que preciso.
Se não entendes minha cabeça, não te preocupes, mas agradeço “perderes” tempo fazendo essa leitura.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Na Minha Meninice
vi soltarem balões, empinarem pipas,
brincarem de boneca e jogarem fichas (tapinhas de coca-cola).
Na minha meninice,
não sabia bem tudo o que o mundo tinha.
Na minha adolescência,
vi bilhetinho, e o coração cheio de torvelinhos,
beijos amados e tantos outros desnecessários.
Na minha jovem vida adulta,
já não me iludo a toa, criei uma espécie de proa,
a espera dos problemas.
Criamos certa dureza para aguentar.
Mas nas horas vagas, voltamos a brincar.
Jane Bem
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Do universo à jabuticaba - Rubem Alves
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Troca e complemento
- Quão belo está este dia!
- Falas do sol que nos “alumia”?
- Também. É como se saíssemos da escuridão dos dias.
- Seus dias são escuros deveras ou você os acinzenta?
- Eu os deixo da forma que posso enquanto passo. Ou seja, deixo a rotina dominá-lo.
- Sei como é!
- Você é parcialmente dona de si.
- exato.
- Mas o que isso tem de errado?
- Nada! Sua vida apenas não conhece o prazer do acaso.